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14/04/10 - 17h16 - Atualizado em 14/04/10 - 19h57

Número de mortos por terremoto já é o maior desde tsunami de 2004

Tremor de magnitude 6.9 nesta terça matou mais de 500 na China.
Em janeiro, mais de 200 mil pessoas morreram em terremoto no Haiti.

Amauri Arrais Do G1, em São Paulo

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O ano de 2010 pode ficar marcado por um recorde trágico: aquele em que mais pessoas morreram vítimas de terremotos. Apenas nos quatro primeiros meses, as vítimas de tremores já somam 223.542, segundo o Centro de Pesquisas Geológicas dos EUA (USGS na sigla em inglês), que monitora terremotos em todas as regiões do globo.

 

O número é inferior apenas a 2004, quando 227.898 morreram após o tremor de magnitude 9.1 que atingiu a costa de Sumatra, na Indonésia, e foi seguido por um tsunami que atingiu 13 países no Oceano Índico. 
 

Veja terremotos que mais mataram desde 2000
Ano Local Magnitude Número de mortos Total de mortos no ano
2010 Haiti 7.0 222.570  223.542
2009 Sumatra, Indonésia 7.5 1.117  1.787
2008 Sichuan, China 7.9 87.587  88.011
2007 Pisco, Peru 8.0 514  709
2006 Java, Indonesia 6.3 5.749  6.605
2005 Paquistão 7.6 80.361  82.364
2004 Costa de Sumatra, Indonésia 9.1 227.898  228.802
2003 Irã 6.6 31.000  33.819
2002 Afeganistão 6.1 1.000  1.685
2001 Índia 7.7 20.023  21.357
2000 Sumatra, Indonésia 7.9 103  231

 

*Fonte: USGS (Centro de Pesquisas Geológicas dos EUA)

 

Embora o governo do Haiti tenha divulgado um número de mortos superior ao provocado pelo tsunami de 2004, o USGS considera o número de mortes confirmadas pela Coordenação de Direitos Humanos das Nações Unidas.

 

 

Nesta terça (13), um forte terremoto de 6,9 graus de magnitude atingiu a província de Qinghai, na China, deixando ao menos 589 mortos e cerca de 10 mil feridos. Foi o terceiro maior do ano em número de vítimas, segundo o centro americano, mas de efeito menos danoso se comparado ao abalo que devastou o Haiti em 12 de janeiro – matando mais de 223 mil pessoas.

 

Veja fotos do terremoto


Para o pesquisador de terremotos João Willy Corrêa Rosa, sismólogo da UnB (Universidade de Brasília), o tremor teve efeito reduzido se levada em conta a população da China – onde vivem mais de 25% da população mundial – e a região, “uma das mais sísmicas”. “A região fica no encontro da placa da Índia com a da Ásia, a mesma que causou a formação [da cordilheira] do Himalaia”.


O grande número de mortos por terremotos até agora também não indicam uma atividade sísmica acima da média em 2010, segundo o sismólogo. “Não há atividade acima da média. Terremotos como o do Chile [de 8.8 de magnitude] ocorrem uma vez a cada dez anos. Já um como este do Tibete ou o do Haiti ocorrem dez por ano”, diz.

 

 


A explicação, afirma o sismólogo, é que o número de mortos não é determinado pela magnitude do tremor e, sim, por fatores como a profundidade (quanto mais superficiais, maiores podem ser os danos) e a proximidade de áreas mais habitadas.

 

  • Aspas

    No caso haitiano, houve a infelicidade de o epicentro estar embaixo da maior cidade [Porto Príncipe]. Além de ser um país pobre, com casas mal construídas, o que ocasionou as centenas de milhares de mortos."

 “O terremoto do Haiti, apesar de grande, não foi dos maiores. O terremoto do Chile teve 30 vezes mais energia liberada que o do Haiti ou este no Tibete. No caso haitiano, houve a infelicidade de o epicentro estar embaixo da maior cidade [Porto Príncipe]. Além de ser um país pobre, com casas mal construídas, o que ocasionou as centenas de milhares de mortos”, afirma.

 

Previsão

Já no caso do terremoto na Indonésia em 2004 – o maior em número de mortos e afetados – colaborou o fato de que a costa do Oceano Índico, à época, ainda não tinha um sistema de alerta de tsunami.

 

“O tsunami é um fenômeno que nós conseguimos prever que vai haver, mas não ocorre cada vez que tem um terremoto no mar. Tem que haver condições específicas. O de 2004 aconteceu num local que não tinha rede de alerta instalado, o que pegou a população desprevenida.”


Segundo João Willy Corrêa Rosa, embora a tecnologia disponível desde então permita monitorar áreas com maior risco de terremoto e os tsunami, que são conseqüência dos tremores, ainda não é possível prever os abalos. 
   

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